7 de julho de 2012

Campanha de governador do PSDB recebeu mais de R$ 4 milhões do esquema de Cachoeira, diz jornal.

A campanha de Siqueira Campos, governador tucano do Tocantins, foi irrigada pelo esquema criminoso comandado por Carlos Cachoeira. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, baseada em investigações da Polícia Federal. Conforme o jornal, de R$ 10,5 milhões de receita declarada à Justiça Eleitoral, R$ 4,3 milhões (41%) foram doados por pessoas citadas na investigação da operação Monte Carlo.
Dentro da prestação de campanha de Siqueira, foi declarado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que R$ 189,1 mil eram provenientes de bens estimáveis e em torno de R$ 12 mil de arrecadações em dinheiro. Conforme a prestação, R$ 2,5 mil, em dinheiro, foram doados pelo próprio Siqueira para sua campanha e R$ 9,5 mil foram arrecadados através de outros candidatos/comitês. 
A assessoria de comunicação do governador do Tocantins negou hoje (7) que Siqueira Campos tinha conhecimento da ligação entre Carlinhos Cachoeira e empresários que doaram dinheiro à sua campanha em 2010.
Segundo a nota divulgada pela assessoria, a relação dos doadores com Cachoeira foi conhecida apenas após deflagrada a Operação Monte Carlo. A nota ainda destacou que as doações arrecadadas durante o pleito serviram para pagar despesas decorrentes do processo eleitoral do então candidato a governador. O comitê não era responsável e nem teria condições de investigar a vida dos doadores de campanha, informou a nota.
Outro político suspeito de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira está sendo investigado no Tocantins. Na terça-feira, o prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), deve ser ouvido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Cachoeira. Ele aparece em um vídeo gravado em 2004 supostamente negociando recursos com o bicheiro em troca de vantagens na administração municipal da capital do Tocantins.

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