11 de abril de 2012

SAMU põe fim à greve em Marabá!

A racionalidade voltou e os socorristas do SAMU em Marabá resolveram interromper o movimento grevista iniciado ontem (10). Ao que parece reuniram-se com representantes da Administração Municipal e houve o compromisso em atender às reivindicações do setor que busca condições mínimas de trabalho.
Melhor assim.
Mas, garanto que vou ficar bem atento aos desdobramentos desta questão. Quero saber quais condições forma pactuadas, qual o cronograma fixado, se haverá novas aquisições de ambulâncias e/ou a contratação de mais socorristas, etc.
O fim da greve deve ser apenas o início de um processo de cobrança intenso sobre os responsáveis pela manutenção deste serviço mais que essencial.
Sinceramente, agradeço a demonstração de bom-senso que os socorristas deram à cidade neste episódio.
Que este evento, com potencial realmente danoso, sirva para lembrar a todos o quanto são imprescindíveis esses profissionais e o quanto é necessário dar-lhes condições dignas de fazer seu trabalho.
Recebi alguns comentários contrários ao que penso. Quase todos impublicáveis, o que é mesmo uma pena. Mas, um deles, de Cleidson Carlos, muito bem escrito, por sinal, resume o que deve sentir e pensar a categoria. Diz ele:
"Meu caro, como se pode continuar trabalhando com o risco de sofrer ou causar um acidente de trânsito, com o sucateamento das ambulâncias? Como arriscar uma equipe em um bairro perigoso, se uma ambulância "quebra"? Quem vai garantir a segurança da equipe e do paciente em situações como essa? Somente atitudes extremas podem mostrar a realidade para as pessoas que realmente são responsáveis pelo caos em que se encontra o nosso município. Ninguém pode arriscar a própria vida, quando os gestores estão tranquilos em suas residências, sem se preocupar com a maneira improvisada como um serviço essencial vem sendo tocado, apesar de possuir uma verba tripartite exclusiva (federal, estadual e municipal)."
Reitero o que disse no post de ontem: NADA MAIS JUSTO QUE REIVINDICAR CONDIÇÕES DE TRABALHO PARA UMA CATEGORIA QUE TEM A MAIS NOBRE DAS MISSÕES: SALVAR VIDAS!
Discordei apenas do método e pelas razões que expus no post. Sem greve, uma vida que se perca seria uma tragédia que ficaria na conta dos gestores municipais. Com a greve, continuaria sendo uma tragédia, mas a conta ficaria sobre os ombros desses homens e mulheres que escolheram salvar vidas. E eles não merecem viver com esta culpa. No mais Cleidson, estamos em perfeito acordo. Assino embaixo. E conte com o blog para divulgar os problemas da categoria e apontar as soluções possíveis.

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