1 de abril de 2012

O Domingo de Ramos e uma mínima defesa dos valores cristãos. Devemos dizer NÃO ao obscurantismo!

Hoje, com a missa do Domingo de Ramos começou a Semana Santa. Trata-se da mais importante quadra para a Igreja. A Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo é a pedra de toque de todo o Cristianismo que, nestes mais de dois mil anos, tem sido o elemento civilizatório de maior relevância na história humana.
Não discuto aqui os aspectos da fé. Creio que trata-se assunto dos mais privados. A cada um de nós é dado crer ou não em Deus, em Cristo ou na Virgem. Não há força sobre a Terra que possa obrigar alguém crer. É inútil, portanto, tornar a fé assunto de discussão ou debate.
Mas, faço aqui a defesa apaixonada do Cristianismo e de sua vertente mais ilustrada e, ainda bem, mais influente, o Catolicismo.
Costumo dizer que fosse para dar à Humanidade apenas a Madona, de Rafael, Santo Agostinho e Madre Tereza, já teria valido a pena todo o sacrifício para construir a Igreja Católica.
Porém, quão grandioso é o legado desta instituição!
A história da Igreja entremeia-se e molda a própria história do Mundo Ocidental nestes vinte séculos. Com seus erros e acertos, a Igreja de Pedro tem sido o farol a nortear os povos e, se algumas vezes a intolerância ou o obscurantismo estiveram presentes em seus atos, a defesa dos melhores e mais valiosos princípios sempre vem triunfando.
O Domingo de Ramos, que nos deve lembrar quão volúveis são os corações dos homens, uma vez que a mesma multidão a receber Jesus com ramos de oliveira no domingo, o apedrejaria na sexta-feira, serve como figuração para a necessidade de recebermos entre nós os valores cristãos e estes valores, queridos, estão sob ataque aqui e alhures.

Recentemente, graças ao Dr. Wagner Campos, li um artigo do Vatican Insider no qual o Observatório sobre a Intolerância e Discriminação aos Cristãos na Europa (OIDCE), mostra que, apenas em 2011, nada menos que duzentos casos graves de perseguição a cristãos ocorreram na antes tão liberal Europa. Países tradicionalmente tolerantes como França e Inglaterra estão aos poucos aprovando leis que punem a difusão da mensagem da Igreja.
Recentemente, na Inglaterra, David Drew, médico do Walsall Manor Hospital, foi demitido por enviar mensagens de feliz natal e preces aos seus colegas.
Clérigos estão sendo obrigados a não contestar o homossexualismo e profissionais da saúde precisam concordar com práticas contrárias às suas crenças como o aborto ou a eutanásia.
Igrejas e campos santos são vandalizados e seus autores dificilmente são identificados e punidos.
No Brasil, a coisa também não anda nada bem.
Uma das ministras de Dilma, justamente da pasta das Mulheres, é fervorosa defensora do aborto, tendo ela mesma sido treinada nas práticas abortivas.
Há projetos tramitando que, caso tornem-se leis, impedirão que clérigos recriminem a homossexualidade, sob pena de prisão.
Dia desses, no Rio Grande do Sul, uma associação de lésbicas ingressou com ação na qual pedia a retirada dos crucifixos em prédios públicos!
Deveríamos estar vivendo tempos de intensa ilustração. Os meios de comunicação multiplicam-se. O acesso ao conhecimento nunca foi tão fácil. O crescimento econômico das últimas décadas facilita o acesso à cultura. O quadro todo pareceria favorável ao fortalecimento de posturas tolerantes e civilizatórias. Mas, infelizmente, o efeito tem sido contrário.
Alegando a defesa das "minorias", tenta-se impor a vontade de grupos de pressão à maioria da sociedade! E pior que isso, pune-se como crime a divergência!
É como se diante de tantas luzes tivéssemos ficado cegos, incapazes de perceber que a tolerância de uma sociedade em relação às minorias não significa concordância ou adesão ao que fazem ou dizem tais grupos minoritários.
Tolerar não é concordar!
O limite da tolerância é elástico, mas não pode ser tão ampliado a ponto de submeter a maioria à vontade da minoria!
Esses grupos de pressão que tentam tornar hegemônica sua pauta particular imaginam-se "ilustrados", "avançados" e "progressistas", mas suas palavras e ações revelam apenas um obscurantismo atroz.
Em meio a tudo isso, resta-nos perseverar na defesa de valores universais (católicos, portanto), como a Vida, a Liberdade, a Fraternidade e a Solidariedade. Que tenhamos todos uma Feliz Páscoa!

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