Quando a gente acha que já viu de tudo...
Imagino que o argumento de "aproximação" com os fieis seja o mais usado para justificar a novidade. Moderação é recomendável neste caso. As diversas nominações para a devoção mariana (N.S. de Fátima, Aparecida, etc) prendem-se mais aos milagres associados às imagens que propriamente a questões étnicas ou geopolíticas.
A Igreja é dita "católica" por sua capacidade de ser universal. Ceder às necessidades conjunturais pode não ser o melhor remédio para estancar a sangria de fieis rumo aos pentecostais.
É perigoso misturar os sinais.
Leia a íntegra da notícia.
A Arquidiocese de Manaus apresentou aos fiéis uma imagem de Nossa Senhora e do menino Jesus com traços indígenas.
Chamada de Nossa Senhora da Amazônia, a imagem foi feita pela designer Lara Denys, 23, vencedora de concurso para retratar a santa com "características da cultura da região amazônica".
Na imagem, Nossa Senhora e Jesus têm cabelos e olhos pretos e pele parda. O manto dele está preso ao corpo dela, da mesma forma que as índias carregam seus filhos.
Segundo o coordenador do concurso, padre Reneu Stefanello, será construída a sua estátua no santuário que está sendo erguido em Manaus.
"Ela tem os traços da feminilidade da mulher amazonense, da mulher indígena. Traz no colo um Jesus curumim", afirma ele.
Para o antropólogo Ademir Ramos, da Universidade Federal do Amazonas, a imagem é uma estratégia para evitar a perda de fiéis para os protestantes pentecostais.
"A Igreja Católica quer passar a identificação entre o devoto e o santo. Como o fiel vai devotar uma santa branquinha de olho verde?", indaga.
Chamada de Nossa Senhora da Amazônia, a imagem foi feita pela designer Lara Denys, 23, vencedora de concurso para retratar a santa com "características da cultura da região amazônica".
Na imagem, Nossa Senhora e Jesus têm cabelos e olhos pretos e pele parda. O manto dele está preso ao corpo dela, da mesma forma que as índias carregam seus filhos.
Segundo o coordenador do concurso, padre Reneu Stefanello, será construída a sua estátua no santuário que está sendo erguido em Manaus.
"Ela tem os traços da feminilidade da mulher amazonense, da mulher indígena. Traz no colo um Jesus curumim", afirma ele.
Para o antropólogo Ademir Ramos, da Universidade Federal do Amazonas, a imagem é uma estratégia para evitar a perda de fiéis para os protestantes pentecostais.
"A Igreja Católica quer passar a identificação entre o devoto e o santo. Como o fiel vai devotar uma santa branquinha de olho verde?", indaga.
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