A Agência Pará de Notícias, canal oficial de divulgação do Governo do Estado do Pará, não deixa de tornar divertida a arte de torcer os fatos para atender aos desejos do patrão, como já mostrei aqui no blog em outras oportunidades.
Não importa quão banal ou prosaico seja o assunto, a ordem por lá, presumo, é abusar no uso de termos e expressões como "reativação", "replanejamento", "novo isso", "novo aquilo". Pelo menos para a imprensa devidamente encabrestada só boas novidades são produzidas pelo governo tucano.
Pena que a propaganda oficial reflita apenas um certo senso de humor retorcido. Vejam lá.
A Agência Pará anuncia que a superlotação carcerária, que alcança 90% no Pará, "está sendo combatida com a construção e reforma de 12 casas penais". Fica parecendo que trata-se de um esforço concentrado do governo do Pará no sentido de construir presídios e penitenciárias. Na verdade, estão sendo construídos "centros de triagem", locais provisórios para guarda de presos chamados "de justiça" (aqueles cujos inquéritos já tornaram-se processos) que deveriam ser transferidos para presídios e penitenciárias. Como não existem vagas nos presídios e penitenciárias os centros "provisórios" se transformarão em definitivos! Tira-se o enxame de presos do centro da cidade e manda-se para a periferia ou para cidades vizinhas, longe dos olhos (das bolsas e carros) dos eleitores da classe média! É a tática da secretária do lar incompetente, morta de preguiça, que entoca o lixo pelos cantos da casa para a "patroa" não ver.
Lá pelo meio da matéria, a Agência Pará afirma que APENAS EM 2011, GRAÇAS À INTELIGÊNCIA DOS TUCANOS, FORAM CRIADAS CINCO VEZES MAIS VAGAS PARA PRESOS QUE EM TODOS OS QUATRO ANOS DE GOVERNO DE ANA JÚLIA CAREPA, DO PT!. Se continua operoso esse tanto, Jatene precisa ser rapidamente "exportado" para o resto do Brasil! É o homem certo para a Presidência da República! Paraenses, não sejam egoístas. Vocês não nos deram Carajás e Tapajós, nos deem ao menos Jatene Presidente! Um talento deste tamanho não pode ser ocultado!
Infelizmente, a situação não é bem assim.
Em Parauapebas, por exemplo, comemora-se quando passa mais de 90 dias sem fuga de presos da cadeia pública que funciona na antiga delegacia do Rio Verde, desativada porque não oferecia condições de trabalho aos delegados e investigadores. Se não servia para os delegados imaginem que é adorada pelos presos! Eles a consideram um playground! Fugir dali para eles é brincadeira de criança.
Jatene, atendendo pedido de Faisal Salmen, à época deputado estadual pelo PSDB, mandou construir a nova delegacia da cidade que, menos de seis meses depois, teve que ser reformada por conta de rachaduras em suas paredes!
A propósito o "novo" Centro de Progressão Penitenciária de Belém (CPPB), nome pomposo com direito à sigla bacana, é apenas a antiga unidade da Susipe de Val-de-Cans que levou aquela velha e boa "guaribada" e posta à disposição das lentes amigas dos fotógrafos oficiais.
A superlotação do Sistema Penitenciário paraense está sendo combatida com a construção e reforma de 12 casas penais. Até o final deste ano, o Governo do Estado pretende reduzir em 30% o déficit do excedente carcerário, que atualmente é de quase 90%. Essa redução já começou com a transferência de detentos das seccionais urbanas de Belém para os polos penitenciários de Marituba e Santa Izabel, na Região Metropolitana, e a ativação do Centro de Progressão Penitenciária de Belém (CPPB) no bairro Val-de-Cans, na capital, para atender presos do regime semi-aberto, em dezembro.
O novo centro instalado na cidade, além de reduzir a superlotação nas outras unidades, também irá beneficiar os detentos do regime semi-aberto que trabalham ou estudam. Segundo o titular da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Segup), André Cunha, a maioria vivia na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Izabel, e tinha dificuldade para se deslocar para o trabalho no centro, e vice-versa. “O sistema não tinha nenhuma unidade de regime semi-aberto posicionada próximo ao centro da Região Metropolitana. Isso dificultava bastante para os presos que têm o benefício do trabalho externo, que saem de manhã para o trabalho ou estudo e precisam retornar ao final do dia”, ressalta o superintendente.
O novo centro penitenciário tem capacidade para abrigar 96 presos. Atualmente, 93 ocupam as celas. Desses, 40 já realizam alguma atividade fora do centro, como trabalho ou estudo. Os outros 53 aguardam autorização judicial para poder se candidatar a uma vaga de emprego.
O novo centro instalado na cidade, além de reduzir a superlotação nas outras unidades, também irá beneficiar os detentos do regime semi-aberto que trabalham ou estudam. Segundo o titular da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Segup), André Cunha, a maioria vivia na Colônia Agrícola Heleno Fragoso, em Santa Izabel, e tinha dificuldade para se deslocar para o trabalho no centro, e vice-versa. “O sistema não tinha nenhuma unidade de regime semi-aberto posicionada próximo ao centro da Região Metropolitana. Isso dificultava bastante para os presos que têm o benefício do trabalho externo, que saem de manhã para o trabalho ou estudo e precisam retornar ao final do dia”, ressalta o superintendente.
O novo centro penitenciário tem capacidade para abrigar 96 presos. Atualmente, 93 ocupam as celas. Desses, 40 já realizam alguma atividade fora do centro, como trabalho ou estudo. Os outros 53 aguardam autorização judicial para poder se candidatar a uma vaga de emprego.
Com uma ressalva. Na delegacia de Parauapebas, apesar da ínfima reforma, até os dias atuais quando chove alaga o prédio, e algumas rachaduras ainda continuam. Contudo, não corre mais o risco de desmoronar! Graças a Deus!
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