28 de dezembro de 2011
28 falsos dentistas atuam em Marabá, diz Conselho Regional de Odontologia
No Diário do Pará, hoje:
Segundo o Conselho Regional de Odontologia do Pará (CRO-Pará), existem evidências, investigadas a partir de denúncias e constatadas pelos fiscais do conselho de que 57 pessoas estão atuando de maneira ilícita no sul e sudeste do Estado como profissionais de odontologia. Só em Marabá, seriam 28 falsos odontólogos atuando e outros oito em Parauapebas, trabalhando sem o registro necessário. Só em Redenção, a Polícia Civil conseguiu fechar quatro consultórios de ilegais. Os números são referentes apenas ao ano de 2011.
O presidente do Conselho Regional de Odontologia do Pará, Roberto Pires, faz um apelo à população das duas regiões para que busque comprovar, antes do atendimento, se o dentista é inscrito no Conselho de Odontologia. “Caso contrário, denuncie à Polícia Militar ou vá a uma delegacia de Polícia Civil mais próxima. Com esta prática danosa, além de repassar doenças transmissíveis como aids, hepatites e outras, o charlatão pode deixar sequelas irreversíveis após o atendimento”.
Roberto Pires diz que o conselho estadual está buscando, na fiscalização, a comprovação dos fatos. “Esses consultórios irregulares, apesar de oferecerem preços muito abaixo do normal, não são uma boa escolha. Para conseguir manter custos menores, certamente reutilizam materiais descartáveis, trabalham com equipamentos enferrujados e sem higiene adequada”, explica.
Existem muitas formas de o paciente não ser enganado por um falso dentista. É preciso estar atento em algumas condições óbvias em uma atividade médica legal, como a higiene do consultório e o preço de um determinado tratamento. “Os irregulares geralmente cobram barato pelo atendimento para poder conquistar uma clientela”, reforça.
De acordo com Roberto Pires, no Pará coibir a prática tem sido um desafio para as autoridades. “Um dos motivos é que ainda existe muito desconhecimento por parte da população, em não denunciar o delito e ainda aceitar, talvez por ser mais barato o valor do procedimento”, diz o presidente do CRO-Pará.
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