28 de novembro de 2011

Na TV, Giovanni confronta Jatene em defesa de Carajás e Tapajós


"E agora vem o governador dizer que vai arranjar 800 milhões. Isso é mentira!"
A frase acima foi disparada pelo deputado federal Giovanni Queiroz (acima), nesta segunda (28), durante sua participação no programa Argumento, da RBA TV, apresentado por Mauro Bonna.
Com uma intervenção segura e coalhada de razões sólidas, Giovanni fez, afinal, o que se espera de um político: fez POLÍTICA e da melhor qualidade em defesa da ideia que abraçou.
Permitam-me, antes de continuar, fazer um auto-elogio que minha gabolice reclama.
Este blog, modestamente, desde quarta (23) vem externando uma posição que pode ser resumida assim:
1 - Jatene tentou "vender" a imagem de "magistrado" nesta disputa em torno da criação de Carajás, Tapajós e Novo Pará;
2 - Jatene, disfarçado de "magistrado", escreveu um libelo acusatório CONTRA Carajás e Tapajós;
3 - Jatene desqualificou alguns dos mais importantes argumentos da campanha do SIM (a redivisão do Fundo de Participação dos Estados, entre eles);
4 - Jatene "ralhou" com sua base aliada, presente na campanha do SIM; como as decisões ali são tomadas por unanimidade, conseguiu quebrar a unidade e deixou a campanha do SIM capenga;
5 - Jatene propôs um imposto (inconstitucional), travestido de "taxa", sobre a mineração como forma de "arrecadar 800 milhões".
6 - Jatene desceu à arena. Abandonou, portanto, a liturgia do cargo. É combatente como qualquer outro. Não confrontá-lo é tolice.
Tudo o que vai acima vocês podem encontrar, com detalhes, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Na sexta (25) escrevi: "Cabe à campanha do SIM criar um novo fato político nestes próximos oito dias. Remar tudo de novo. Caso cheguemos na última semana sem alterações significativas, a vitória do SIM será obra do imponderável (alguns chamam de Deus, outros de Sorte ou Fortuna), enfim, sairá do campo da ciência política e entrará no campo da metafísica."
Coube à Giovanni Queiroz, com raro destemor, chamar a coisa pelo seu verdadeiro nome e, afinal de contas, criar um fato novo na campanha.
Quando teve oportunidade (e diga-se, Giovanni "arrancou" essa oportunidade de um entrevistador francamente hostil!), o deputado restaurou a verdade sobre a divisão do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e disse pela primeira vez que Jatene havia mentido em sua carta publicada nos jornalões de Belém.
Pronto!
Alguém havia gritado que o rei estava nu no meio da praça!
Logo a seguir, em outra deixa "forçada" por Giovanni, a chicotada terrível. O deputado mostrou que a proposta inconstitucional que quer criar um imposto disfarçado de taxa sobre a mineração é um mero factóide. E não perdoou. Disse lá com todas as letras: "E agora vem o governador dizer que vai arranjar 800 milhões. Isso é mentira!"
Giovanni deixou claro que não faltarão os votos da turma do SIM para aprovar na Alepa a proposta de Jatene. Salame e companhia não cairão na esparrela de serem apontados como "conspiradores" contra o "Pará ricão, grandão e pujante". Isso é política! Mesmo sabendo ser inconstitucional, vota-se a favor e deixa-se ao Judiciário a tarefa de decidir pela legalidade ou não da medida.
Queridos, "política não é para santos; é para sábios!", diz Roberto Romano. E é sábio não cair na armadilha de Jatene!
Giovanni falou muito mais. Esgrimiu números, mostrou como a vida no Amapá pode ser muito ruim, mas ainda assim melhorou quando tornou-se Estado. Demonstrou como as fronteiras de Carajás foram traçadas ainda nos anos 70 quando sequer cogitava-se sobre os grandes projetos na região. Falou sobre saúde, educação e salários de professores e policiais. Enfim, desfiou o rosário conhecido de nossas dificuldades. Tudo isso foi muito importante.
Mas, nada, nada mesmo pode ter sido mais importante que impor limites ao poder "moderador" que Jatene parece querer ressuscitar no Pará. Contudo, é preciso que a campanha do SIM persevere nesta linha, confrontando Jatene e mostrando a verdade.
Giovanni abriu a porteira e estabeleceu uma "janela de oportunidade" para fustigar esta campanha de Jatene disfarçada de campanha do "Não". Cumpre agora aproveitar a brecha e atacar de forma rápida e eficiente.
Giovanni, hoje, prestou um grande serviço a Carajás, Tapajós e Novo Pará. Insurgiu-se e restaurou a verdade. Com isso, prestou também um enorme serviço à República. A Democracia agradece penhorada quando resta provado que, não importa quão grande ou poderosa seja a autoridade, ela sempre poderá ser contraditada!
Salve Giovanni! Salve a democracia! Salve a verdade!
Pelo menos hoje, a verdade venceu o medo!

4 comentários:

  1. Wilson Rabelo, Giovanni Queiroz foi brilhante em sua entrevista. Falou o que todos queriam ouvir e não recuou diante de um entrevistador parcial e cheio de armadilhas. Excepcional também suas colocações sobre a última do governador e garoto propaganda do NÃO, que quase ao desespero cria um factóide p/ tentar iludir o povo. Parabéns.

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  2. Quem é esse Giovanni Queiroz, volta de onde vc veio seu invasor.

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  3. Com certeza ele é alguem que pensa muito mais no bem do Povo do sul do pará..ao contrario do Sr. jatene que só aparece quando vem pedir votos!!!! e vc quem é que nao tem coragem nem de colocar o nome pra defender o NAO??????

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  4. Só rindo mesmo desse pessoal do "NÃO" rsrsrs somos paraenses e não invasores... querem tanto a União, mas só vivem nos desrespeitando!!!!! Por isso somos separatistas sim.... queremos ser tratados com igualdade!!!!! CARAJÁS E TAPAJÓS DIGO SIMMMMM

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