12 de novembro de 2011

Greve dos professores continua, mas para agência oficial de notícias já acabou.

Como todos sabem a greve dos professores continua.
Ontem, na assembleia que definiu pelo prosseguimento do movimento, também foi aprovado um calendário de atividades que prevê para hoje (12) reunião do Conselho Estadual de Representantes, para amanhã (13) panfletagem na Praça da República, em Belém e na quarta (16), as 9h, ato público em frente ao Conjunto Arquitetônico de Nazaré (CAN).
Apesar da direção da categoria, seguindo determinação da assembleia, ter encaminhado atividades típicas de greve, o Governo do Estado, ao que parece, vive em outra realidade. A Agência Pará, órgão oficial de notícias do Governo do Estado, trata a greve como fato pretérito e já noticia que as escolas cuidam de formas para repor as aulas perdidas. Há apelos aos alunos para que voltem, todos feitos por diretoras e vice-diretoras de escolas. Só uma professora de biologia reconhece que é "fura-greve" e mesmo assim "espera pelo resultado do movimento da categoria".
Vejam a matéria da Agência Pará, a seguir:

Com a volta ao trabalho após decisão da Justiça que declarou ilegal a greve dos professores da rede estadual de ensino, muitas escolas na região metropolitana de Belém retomam suas atividades. Segundo muitos diretores, o trabalho maior agora é convocar os estudantes a comparecerem à sala de aula, após tantos dias parados.
“Estamos fazendo um apelo para que nossos alunos voltem às aulas. Nossos professores estão retornando e à disposição para dar aula. Estamos retomando as atividades normais e contamos com a participação dos próprios estudantes para que chamem seus colegas”, diz a diretora da escola Visconde de Souza Franco, Marilena Guimarães.
Professora de biologia da escola há doze anos, Sandra Campos diz que, enquanto espera pelo resultado do movimento da categoria, resolveu voltar à escola para retomar as aulas. Cursando o segundo ano do ensino médio, a estudante Lúbia Assunção diz que espera não perder o ano letivo. “Também não quero me atrasar. Torço para que a greve acabe logo”, afirma.
Na escola estadual Vilhena Alves, 50% dos professores foram trabalhar, mas encontraram um número pequeno de alunos. “A direção está tomando todas as providências para chamar a comunidade discente”, garante o vice-diretor, Julião da Costa.
Com apenas 18 dias de paralisação e adesão de 50% da equipe docente, a escola estadual General Gurjão, no bairro da Cidade Velha, retoma sua rotina integral quarta-feira (16). A diretora, Jorgina Barros, comemora a decisão dos professores e convoca todos os seus alunos para as aulas. “Estou muito feliz pelo fim da greve aqui. Foi um período complicado, mas com uma franca conversa com os professores, conseguimos fazer com que eles voltassem ao trabalho. É um presente para nossos alunos e para nossa escola, que trabalha com afinco e é, inclusive, referência na educação especial”, conclui.

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