Como vocês sabem, o telejornal Bom Dia Pará, da TV Liberal, promoveu ao longo da semana uma série de entrevistas com os presidentes das frentes contra e a favor da criação dos Estados do Carajás e Tapajós. Fechando o ciclo, hoje seria a vez de Celso Sabino, presidente da frente contra Tapajós, ser inquerido. O "Riquinho Rico" não apareceu. Vê lá se o mauricinho vai acordar às 6 da matina para debater o que quer que seja! Em seu lugar apareceu o inacreditável Eliel Faustino, que aparece aí ao lado abraçado ao "garoto de ouro" de Jatene, Zenaldo Coutinho. Já conhecemos o Faustino, não é? É o Príncipe dos Anacolutos! O Rei da Incongruência!
O homem não consegue concatenar uma ideia a outra. Um verdadeiro espanto!
Não sei se Faustino tem assessor de imprensa. Se tiver, imagino o malabarismo que o coitado precisa fazer para tornar ao português os "pensamentos" do nobre representante da "Turma do Contra".
Imaginem a disposição para ouvir, às 6:30h da madrugada, Eliel Faustino. Duro teste para meu compromisso com a luta pela criação dos novos estados! Mas, tudo pela causa! Vamos lá.
Faustino começou chutando o balde. "A divisão prejudica a população", disse. E arrematou: "Prejudica todo o esforço de políticas públicas que temos hoje".
Que políticas públicas seriam essas? Onde e por quem estariam sendo desenvolvidas? Qual o montante dos recursos envolvidos? Quais os resultados obtidos? Imaginem se Faustino se daria ao trabalho de responder essas questões caso lhe perguntassem. Mesmo que quisesse, não saberia como responder. Até porque tais "políticas públicas" não existem!
A partir daí o que se viu foi um festival de clichês e lugares-comuns do tipo "abrace essa bandeira" ou "precisamos manter o Pará pujante dentro da federação" e outros que tais.
Confesso que cheguei a ficar constrangido com a indigência do "pensamento" de Faustino. Creio que os seus colegas da "Turma do Não e Não" estavam certos quando não o queriam por perto.
Do pouco que foi possível compreender percebo que, para Faustino, o inferno são os outros, como diria Sartre velho de guerra.
Para ele, todos os problemas do Pará, Carajás e Tapajós somente serão resolvidos se a Lei Kandir for revogada ou se o pacto federativo for revisto, ou, ainda, se houver uma reforma tributária. Como todo homem destituído de ideias ou projetos, Faustino remete aos "outros" a solução de suas mazelas.
Ele sabe que por décadas Tapajós e Carajás foram esquecidos e abandonados pelas elites belenenses. Mas, ao invés de entender que está nas nossas mãos construir alternativas de desenvolvimento sustentável com a criação dos novos estados, ele nos aponta um beco sem saída.
Revogar a Lei Kandir, mudar o marco regulatório da energia e fazer reforma tributária são tarefas tão difíceis que nem Lula I, O Redentor, conseguiu realizar.
Em compensação, criar os novos estados, com todas as dificuldades que a empreitada apresenta, é infinitamente mais fácil pelo singelo motivo que depende exclusivamente da nossa coragem e disposição para fazê-lo.
Mas, isso é complexo demais para os miolos de Faustino. Ele jamais entenderá. Como todo pseudo líder, sempre sugere a alternativa errada.
Lá pelas tantas, talvez encantado com sua própria "profundidade", Faustino argumentou que a região de Tapajós possui uma grande representação parlamentar. São "12 deputados estaduais entre os 41 parlamentares e Tapajós teve os dois últimos vice-governadores do Estado" disse. Segundo ele, o que falta é "competência" na bancada de Tapajós! Atenção, senhores deputados do Tapajós: Faustino os chamou de incompetentes! Seria bom que procurassem o homem para aprender com este "mestre do pensamento profundo e lógico" como fazer política! Não percam tempo!
Queridos, Faustino é só um Zenaldo que não deu certo. E se Zenaldo já é fraquinho, imaginem Faustino...
Tapajós tem muita sorte. Além de contar com o ótimo Lira Maia para defendê-lo, tem o risível Faustino a atacá-lo. É o melhor dos mundos!
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