11 de novembro de 2011
Começou o jogo! E Carajás já sai na frente com programa equilibrado
Acabou agorinha o programa eleitoral gratuito referente ao plebiscito do dia 11 de dezembro no Pará.
E é preciso dizer, logo de cara, que a necessidade de criar os dois novos estados foi muito bem apresentada pela frente pró-Carajás.
Em seu programa a "Turma do Contra" veio toda melosa, sentimentalóide, apropriando-se do hino do Pará e vendendo a ideia de um Pará forte, rico e unido.
Usam a expressão "levar" quando se referem à redivisão territorial necessária para criar os novos estados.
"Levar" o quê e para onde, tolinhos?
A arrogância está espalhada por toda a parte no programa dos "do Contra". A turma bate pezinho, faz beicinho e ao som do horroroso do tecnobrega gritam "não e não".
Como era de se esperar, não conseguiram se livrar do complexo de inferioridade e a questão adolescente do "tamanho" permeia o discurso que diz, caso criemos Carajás e Tapajós, que o Pará se tornará o "Parazinho".
Nada mais falso.
Já tive a oportunidade de demonstrar aqui no blog a estupidez e a arrogância dessa gente que tenta se afirmar como liderança dos belenenses. Recomendo que leiam aqui um texto no qual uso o relho nessas ideias insensatas que a "Turma do Contra" insiste em defender.
O programa da frente pró-Carajás, por outro lado, foi capaz de dosar com precisão a necessária denúncia do estado de abandono que vivemos com a mensagem de esperança.
Na madrugada, sem ter tido acesso ao conteúdo do programa, já dizia que esperava esse equilíbrio entre a sensibilização para nossas mazelas e a esperança de dias melhores para todos nós (leiam aqui).
A questão do estado falido, incapaz de pagar 70 reais a mais para seus professores e que paga aos policias menos da metade do que paga Tocantins aos seus militares foi bem explorada e pode render frutos.
Destaco a inteligência em exibir João Salame Neto, presidente da Frente Pró-Carajás. "Sou paraense e gostaria de iniciar este programa dizendo que o Pará não precisa ser dividido. Infelizmente, não posso dizer isso", afirmou Salame.
Naquele momento milhões de paraenses foram representados por Salame.
Todos gostaríamos de dizer que não precisamos criar novos estados, mas isso seria fechar os olhos à realidade. E a realidade é dura.
O abandono e o esquecimento a que sempre foram submetidos Carajás e Tapajós precisam ser deixados no passado.
A propaganda de Carajás mostrou que "é preciso abrir os olhos". Nada mais verdadeiro.
A campanha publicitária, na verdade, é um pedido urgente de socorro endereçado aos eleitores de Belém.
Como disse uma locutora durante o programa, ao não dividir o que acontece? Nada! E esse é o grande problema. O Pará grande, incompetente e quebrado continuará em ponto morto, correndo o risco de descer a ladeira.
Ao mesmo tempo, o programa conseguiu explicar com concisão e simplicidade como se dará o incremento de receitas através da divisão do Fundo de Participação dos Estados. Mostrou que não tiraremos um centavo do Pará. Ao contrário, o Novo Pará ganhará mais de 1 bilhão e 200 milhões de reais extra para cuidar de menos gente e de um território menor.
No todo, começamos muito bem a campanha. Fizemos um belo gol. Mas, a disputa apenas começou. É preciso perseverar no caminho escolhido para vencer esse jogo.
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Estamos apenas começando a campanha. Os argumento dos nãos logo logo vai esgotar, vai ficar escassa, enquanto isso temos argumentos de sobra para enfileirar até o dia 11/12. SIM TAPAJÓS, SIM CARAJÁS, SIM NOVO PARÁ. Todos seremos felizes.
ResponderExcluirLuiz Alberto Macedo