Com o voto contrário do Ministro Marco Aurélio, o TSE acaba de deferir o pedido de registro do PSD, partido do prefeito de S.Paulo, Gilberto Kassab e da senadora Kátia Abreu (TO). O Ministro presidente Ricardo Lewandowski proclamou o resultado e em seguida encerrou a sessão.
A partir de agora prevê-se uma revoada de parlamentares e pré-candidatos a prefeito e vereador rumo ao novo partido.
Acusado de fraudar filiações para atingir o número mínimo de eleitores e de trocar filiações por cestas básicas, o PSD agora terá que iniciar, no nascedouro, um amplo processo de reconstrução de sua imagem.
No meio político há quem afirme que o PSD é apenas um "partido-ponte", que permitiria aos parlamentares com mandato trocar de partido sem perder seus mandatos em função de infidelidade partidária.
Outros avaliam que o PSD deverá constituir-se à sombra do emergente PSB, partido de Eduardo Campos que almeja ser candidato à Presidência da República já nas próximas eleições de 2014.
De toda a sorte, o PSD no plano federal, aproxima-se da base de apoio à Dilma e deve aparecer como a quinta bancada na Câmara Federal, além de contar com dois governadores, a prefeitura de S.Paulo e uma dúzia de senadores.
No Pará, estará sob a tutela de Jatene que escalou seu alter-ego, o poderoso secretário de gestão Sérgio Leão para liderar a sigla no Estado.
Em Marabá, a vereadora Vanda Américo, vitoriosa em cinco eleições sucessivas, deverá comandar a legenda.
Em Parauapebas, o PSD deverá ter à frente Marcelo Catalão, presidente do influente Siproduz, sindicato que reúne os produtores rurais do município.
O PSD, agora legalizado, está pronto para alterar alguns cenários já delineados em diversas cidades importantes do Estado e não poderá mais ser ignorado.
Apesar do deferimento do pedido de registro, partidos como o PTB, DEM, PPS e PSDB já avisaram que irão à justiça para reaver os mandatos daqueles parlamentares que optarem por mudar de sigla.
Nenhum comentário:
Postar um comentário