Levando em consideração as manifestações havidas (ou não havidas) enquanto esteve aqui, Jatene com certeza chegou à conclusão que não será desta vez que o Estado do Carajás será criado.
A classe política da região do Carajás perdeu talvez a melhor chance de se fazer temer e respeitar pelos políticos lá de Belém.
Apenas na recepção no aeroporto de Marabá, Jatene chegou a ver lideranças com adesivos a favor do Estado. A partir daí o tema foi banido.
De pires na mão, os gestores trataram de retirar adesivos e interditar a discussão sobre a criação dos novos Estados.
Nenhum assunto deveria ter mais importância para nós, entretanto, foi um dos poucos temas que NENHUM entre os políticos que dizem representar a região, teve a coragem de sequer ventilar publicamente na frente de Jatene.
O silêncio reverencial veio travestido de "bons modos", mas pode ser percebido como fraqueza.
Muitos prefeitos e vereadores acreditaram que evitando o assunto e removendo adesivos poderiam cair nas graças de Jatene. Salvo algumas exceções, a maioria não teve sequer a chance de expor ao governador suas demandas. Ele se recusou a receber quase todos.
Aparentemente a maioria dos políticos locais ainda não entendeu: PARA JATENE É IMPENSÁVEL VER CARAJÁS SER CRIADO NO SEU GOVERNO; E ELE VAI FAZER DE TUDO PARA IMPEDIR QUE ISSO ACONTEÇA.
Basta somar os fatos:
- Zenaldo Coutinho preside uma frente CONTRA Carajás. Ele também preside o PSDB regional por indicação de JATENE;
- Orly Bezerra, coordena o pool de agências de propaganda que fará a campanha CONTRA Carajás. Ele é o marqueteiro do PSDB e de JATENE há mais de 20 anos.
- TODOS os Super-secretários de JATENE, que estão à frente das "Secretarias Especais", são CONTRA Carajás e estão trabalhando para impedir a criação do Carajás.
Precisa dizer mais?
De que adiantou a triste omissão?
Poderiam ter convidado a população para mostrar ao governador que a região do Carajás não se contenda com "espelhinhos" e "miçangas". Entretanto, preferiram fazer o beija-mão, que visto de longe parecia mais um ato de rendição do que de respeito.
Esta oportunidade de mobilizar a sociedade para manifestar-se a favor de Carajás foi perdida.
Esperemos que nossos líderes corrijam os rumos para não perdermos aquela outra oportunidade que teremos no dia 11 de dezembro.
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