Este Ano Internacional é uma ótima oportunidade para conhecer mais sobre o continente e principalmente refletir sobre os desafios colocados diante de regiões mineradoras.
A África, maior depósito mineral do mundo, não consegue verticalizar a produção do que extrai de seu solo. E apesar da crença generalizada de que a fome é o maior problema no continente, estudos da própria ONU mostram que investir em educação teria um impacto determinante na construção da África. Enquanto a fome grassa em bolsões de miséria absoluta, o analfabetismo (total ou funcional) está presente em todos os países, à exceção da África do Sul e Egito, países mais desenvolvidos da região.
O ciclo vicioso está formado quando a ausência de educação gera péssima qualificação de mão-de-obra, que gera desinsdustrialização, que gera desemprego, que gera recursos escassos para investimentos públicos, que gera fome, que gera o colapso das instituições estatais, que impede o desenvolvimento da educação.
A África de hoje deve nos servir de alerta: exploração mineral por si só não gera riqueza nem distribuição de renda. Há que investir em educação, formação de mão-de-obra local e verticalização da produção. Sem isso, restará, sempre, apenas o buraco no chão onde podem ser enterradas as melhores chances de um povo.
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