23 de setembro de 2011

Carajás e Tapajós excluídos do Comitê de Desenvolvimento da Pesca

As regiões de Carajás e Tapajós não foram contempladas na formação do Comitê de Desenvolvimento da Pesca e Aquicultura do Governo do Estado Pará.
Na reunião realizada hoje (23) na Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado do Pará (Sepaq), foi definido que apenas as regiões do Marajó e Baixo Tocantins integrarão o Comitê. No total, apenas 15 dos 144 municípios do estado serão representados no Comitê.
Entre outras atribuições o Comitê será responsável por autorizar a inscrição de pescadores junto ao Sistema Nacional de Emprego (Sine), órgão ligado ao Ministério do Trabalho e que emite a carteira de trabalho aos pescadores. A posse da carteira é o primeiro passo para que o pescador tenha acesso ao seguro-defeso, remuneração paga aos pescadores quando impossibilitados de exercer suas atividades nos períodos do ano em que a pesca de certas espécies não é permitida.
Esta é apenas uma amostra da forma como as duas regiões são vistas pelo governo da "metrópole".
Se não querem ou não precisam da participação nem se dispõem a atender as suas demandas , por que tanta gritaria quando Carajás e Tapajós querem "deixar a casa de papai"?
O redirecionamento das políticas públicas efetivado pelo governo de Simão acentua cada vez mais a distância que, de fato, já separa essas regiões de Carajás e Tapajós da "metrópole". Com qualquer resultado no plebiscito, estarão por sua própria conta e risco. A diferença é que, configurada a autonomia político-administrativa, Carajás e Tapajós terão como gerir seus próprios recursos. Caso isso não aconteça, não esperem nada além das migalhas de praxe com que a "elite" belenense costuma cooptar algumas lideranças menores da região.

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