Dentro de mais algumas horas esta tórrida Marabá se tornará capital do Estado. Mesmo que seja por apenas três dias, cumpre reconhecer a importância do evento.
Convenhamos, não é corriqueiro para a classe política da região de Carajás ter o Governo do Estado tão ao alcance de suas reivindicações.
É hora de apresentar os pleitos, alguns deles imprescindíveis ao desenvolvimento da região.
Marabá, entre outras demandas, tentará garantir a parceria do Estado na implantação do Pólo Metal Mecânico e a desapropriação da área que receberá a Zona de Processamento de Exportações (ZPE).
São dois investimentos estratégicos que impactarão positivamente no desenvolvimento de toda a região.
O Pólo Metal Mecânico, desdobramento necessário da implantação da ALPA, atrairá indústrias tão diversas quanto as de eletrodomésticos ou de autopeças voltadas para o mercado interno; enquanto isso a implantação da ZPE garantirá a instalação completa de diversas cadeias produtivas, já existentes na região, inclusive aquelas ligadas à agroindústria como processamento de carnes e frutas produzidas em toda a região. Tudo com foco na exportação e com mercado externo assegurado.
Não é pouco o que pretende Marabá.
Com esses investimentos a cidade que cresce em ritmo chinês, poderá até 2015 tornar-se um dos maiores centros industriais do País. Assim, não é por acaso que os dois itens ocupam os primeiros lugares na pauta quando o assunto é desenvolvimento econômico.
Na véspera da chegada de Jatene o blog entrevistou João Tatagiba, titular da Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (SEICOM) de Marabá para tratar destes e de outros assuntos (a íntegra da entrevista estará aqui logo mais). Ele se mostrou otimista e, apesar dos desafios que precisa enfrentar, diz que o futuro de Marabá está garantido. "Não tem alternativa. A cidade vai se desenvolver de uma forma ou de outra. Cabe a nós definirmos como se dará esse desenvolvimento. Precisamos estabelecer as bases para um crescimento econômico sustentável, mas com garantias ambientais e sociais", afirma ele.
Tatagiba lamenta apenas que ainda não tenhamos criado o que ele denomina "cultura do desenvolvimento" que implica em compreender que o desenvolvimento econômico é um "processo contínuo e de médio prazo" e que mesmo sem ser tão imediato tem "resultados positivos garantidos".
Jatene estará aqui e ouvirá isso e muito mais. Resta saber qual o resultado prático do "governo itinerante". Caberá ao governador decidir se a estadia cumprirá apenas o ritual arcaico que consiste em distribuir "espelhinhos" e "miçangas" aos nativos, como tão bem definiu Ademir Bras, ou se avançará rumo às obras e investimentos estruturantes.
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