Dando o tom de como vai conduzir seu governo, o prefeito João Salame deixou claro na reunião que teve ontem (7) com as coordenações dos sindicatos dos servidores Educação (Sintepp), Saúde (Sintesp) e do Município (Servimar) que não vai permitir a farra de contrações de comissionados e que vai cortar na própria carne, se necessário, para equacionar as contas da prefeitura e manter a governabilidade. Salame luta para gerenciar a herança maldita deixada pelo desastroso Maurino Magalhães e garantiu aos sindicatos que vai pagar os salários atrasados e também o vale alimentação, mas ressaltou que vai fazer isso de forma escalonada para que não haja o engessamento da máquina e áreas essenciais sejam prejudicadas, como a saúde.
O prefeito pediu aos sindicalistas que ajudem nesse momento, ressaltando que atitudes radicais podem comprometer a funcionalidade, se reportando a discussão quanto às ações judiciais que os sindicatos entraram pedindo o bloqueio das contas da prefeitura ainda na gestão passada. Ele observou que à época a atitude era necessária porque não havia qualquer manifestação do governo, coisa bem diferente de hoje quando há, de sua parte, todo o interesse em sanar os problemas.“Sou aberto ao diálogo e quero resolver, junto com vocês, esses problemas. Por isso, peço que avaliem essa situação”, ressaltou Salame ante a informação dos sindicatos que a decisão da Justiça sobre o bloqueio pode sair a qualquer momento.Os sindicalistas entendem que a dívida deixada pela gestão passada é grande. Só com servidores somam quase R$ 50 milhões. Algumas situações requerem uma solução mais imediata, como é o caso do vale transporte. É que alguns servidores já estão faltando serviço porque não têm como se locomover.
Em comum acordo com os sindicatos ficou definido a liberação de uma parcela do benefício nesta quinta-feira, já que existem duas atrasadas. No caso do vale alimentação, que já acumula oito meses de atraso, o prefeito sugeriu e todos concordaram que se faça uma parceria com os supermercados para liberar crédito aos servidores, dando preferência aos cargos de ensino fundamental e médio, que ganham menos.
Quanto a Educação, ele garante que pagará já o mês de janeiro até o dia 20 e, que se os recursos que entrarem esse mês nas contas da prefeitura forem suficientes, ele pagará também o mês de dezembro.
Uma nova reunião foi marcada para a próxima segunda-feira, dia 14, para que seja discutido com mais detalhes, já com base nos números da arrecadação municipal, uma vez que os maiores volumes de recursos entram nas contas da prefeitura no dia 10 de cada mês.
Salame informou ainda que até quarta-feira estará emitindo decreto suspendendo todos os patrocínios e convênios, por um período de 6 meses. João Salame adiantou também que vai criar um fundo para se prevenir contra os efeitos da enchente e criar um fundo de reserva de 1/12 mensal para garantir o pagamento do 13º salário dos servidores. (Com Ascom/PMM)
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