4 de dezembro de 2012

FGV lança novo índice de desenvolvimento de municípios brasileiros

O Centro de Microeconomia Aplicada da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) lançou nesta terça-feira (4), o Indicador Social de Desenvolvimento dos Municípios (ISDM), um novo índice que lista, em forma de ranking, todas as cidades brasileiras a partir da agregação de informações oficiais referentes a habitação, renda, trabalho, educação e saúde e segurança.
Segundo a pesquisa, os municípios que tiveram maior ISDM estão no Sul e no Sudeste, com 556 municípios, 55,2% estão em São Paulo, 20,5% em Minas Gerais e 11,9% no Rio Grande do Sul. Os de menor ISDM estão no Norte e Nordeste, com 26,1% no Maranhão, 17,6% no Piauí e 11,95 no Pará. Na Bahia estão 9,4% das cidades com menor ISDM; no Amazonas 9% e em Alagoas 6,7%.
O Distrito Federal obteve o melhor indicador (5,71), seguido por São Paulo (5,71), prejudicado no desempate por índices mais baixos em vários municípios. Depois, aparecem Santa Catarina (5,60) e Rio de Janeiro (5,51). No sentido contrário estão o Maranhão (3,35), Piauí (3,74), Amazonas (3,77) e Alagoas (3,83).O município de Trabiju, na região de Araraquara, interior de São Paulo, foi o que recebeu melhor pontuação entre todos os municípios do país. A cidade obteve ISDM de 6,2, com bom desempenho em todos os itens analisados: habitação, renda, trabalho, saúde e segurança e educação.
O município com pior pontuação foi Uiramutã, em Roraima, com o ISDM de 0,55. Dos cinco itens analisados, a renda foi o que apresentou pior avaliação, ficando em – 0,17 devido ao alto número de pessoas com renda abaixo da linha de pobreza e de extrema pobreza.
O instrumento, que permite a comparação entre cidades e um melhor acompanhamento de problemas locais por parte de formuladores de políticas públicas e pela população em geral, calcula as notas das prefeituras em cada uma das áreas a partir de dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Censo Escolar e da Prova Brasil, de responsabilidade do Ministério da Educação (MEC), e estatísticas de mortalidade infantil e taxa de homicídio fornecidas pelo Ministérios da Saúde e da Justiça.
Na primeira apresentação do ISDM foram consideradas informações referentes a 2000 e 2010, o que possibilita acompanhamento da evolução dos municípios nas cinco dimensões avaliadas pelo novo indicador, cuja média nacional foi estabelecida em cinco. “Quanto maior a nota do município, maior é sua taxa de desenvolvimento. A nota final é tirada de uma média simples de cada dimensão numa escala de 0 a 10”, explica André Portela de Sousa, coordenador do Centro de Microeconomia Aplicada da FGV.
No total, são 28 indicadores básicos levados em conta para o fechamento da nota agregada do ISDM. Educação é o que concentra o maior número de critérios analisados: 11, entre eles o fluxo escolar de diferentes faixas etárias, taxa de analfabetismo e notas na Prova Brasil, avaliação que compõe o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

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