28 de dezembro de 2012

Ainda sobre segurança pública no Pará e os brioches...

Ontem, critiquei aqui no blog a, sejamos bondosos, política de segurança pública no Pará, sob o comando de Simão Jatene, baseada na produção de eventos que abastecem com manchetes positivas os jornais tradicionais, em especial os da capital, enquanto os índices de violência no Estado batem recordes seguidos. Através de sua conta no Twitter, a ex-governadora Ana Júlia Carepa manda-me três observações pertinentes.
Entre 2007 e 2010, o efetivo da PM teve um acréscimo de mais 3.500 policiais. 
Este aumento de efetivo contemplou, justamente, os municípios de Parauapebas e Marabá, frisou Ana Júlia.
Por fim, a ex-governadora faz uma comparação que demonstra bem a falta de compromisso dos tucanos com a segurança pública: entre 1995 a 2006 - sempre com a presença de Jatene no poder estadual, como "super-secretário" ou governador - o efetivo cresceu apenas 1.200 PMs.
Infelizmente, para todos nós paraenses tornados reféns do crime, factóides e a retórica tecnocrática do tucanato são incompatíveis com política de segurança digna deste nome. São necessários investimentos constantes em homens e equipamentos, mas, principalmente, são INDISPENSÁVEIS investimentos ainda maiores em políticas públicas de inclusão social sem as quais, dentro em pouco, seremos obrigados a construir mais presídios que escolas. E até onde a vista alcança, os tucanos paraenses não conseguem fazer uma coisa nem outra. 
Vejam bem. O País vive uma época de óbvio crescimento. Mas, no Pará, além do crescimento ser mais lento, o cidadão se pergunta de que adianta a prosperidade se não pode desfrutá-la, porque a qualquer momento, ali na esquina, sua vida pode acabar em frente à arma que está nas mãos de um adolescente que deveria estar na escola.
Uma pena que nada, mais nada mesmo, indique mudanças significativas para os próximos dois anos. Resta a tênue esperança que nas próximas eleições, em 14, o eleitor decida dar um basta e resolva romper a inércia que ameaça comprometer o futuro do Pará.

Um comentário:

  1. Me dá até coceira ouvir ou ver este nome Ana Júlia. Uai sô. para quisso...

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