25 de julho de 2012

Segue o terrorismo - índios sequestram engenheiros em Belo Monte. E agora cadê o MPF/PA?


Dois engenheiros que trabalham para a Norte Energia, concessionária responsável pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, continuam impedidos por índios de deixar a aldeia Muruatu. A empresa confirma a permanência de seus profissionais no território indígena, mas declara que o caso será tratado pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
Os engenheiros estão detidos desde a manhã de ontem (24), quando, após passarem a noite na aldeia, foram informados pelos indígenas que estavam detidos no local, até que a Norte Energia atenda as pautas de reivindicações das populações tradicionais.Os funcionários foram à aldeia para uma reunião sobre os mecanismos que a empresa pretende oferecer para transpor embarcações após o barramento completo do Xingu, na altura do canteiro de obras de Pimental. Para fechar a barragem do rio – conhecida como ensecadeira de Pimental – a empresa precisa de uma licença do Ibama. A Norte Energia pretendia realizar quatro reuniões com as populações indígenas e ribeirinhas, as quais, com a construção, ficariam sem acesso fluvial à Altamira.
Um "movimento" denominado "Xingu Vivo Para Sempre", afirma que logo no início das explanações os indígenas já manifestaram desacordo com o processo, uma vez que as explicações dos engenheiros eram extremamente técnicas e de impossível compreensão”, diz a nota emitida pelo movimento.
As consultas também são uma condição para que a Fundação Nacional do Índio(Funai) faça um parecer que autorize ou não a conclusão do barramento, a ser apresentado ao órgão ambiental. A primeira reunião na aldeia Muruatu ocorreu na segunda-feira (23), com a participação de índios Juruna da Terra Indígena Paquiçamba e dos Arara da aldeia Arara da Volta Grande.
“Ninguém entendeu nada do que os técnicos falavam, e eles mesmo não tinham nenhuma resposta às nossas perguntas. Não souberam falar como ficará o banzeiro do rio, como nós vamos navegar, e nem o que tinha mudado no projeto desde a primeira versão que eles apresentaram no ano passado. E no final os engenheiros falaram que a gente estava certo mesmo. Mas nós não vamos dar moleza não. Hoje a voadeira que foi levar comida pra eles ficou detida, e quem for pra aldeia, vai ficar. Só vamos liberar a imprensa ”, explica Giliarde Juruna. (Com informações do DOL)

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