Segundo a companhia, a elevação vale a partir de segunda-feira (16) e o impacto final ao consumidor, na bomba de combustível, será de 4%.
A estatal disse, em nota, que o aumento foi definido "levando em consideração a política de preços da companhia, que busca alinhar o preço dos derivados aos valores praticados no mercado internacional em uma perspectiva de médio e longo prazo".O aumento acontece em um momento em que o preço do petróleo tem registrado queda diante do enfraquecimento da demanda global.
Mais cedo, estudo do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) mostrou que a defasagem de preço do diesel vendido pela Petrobras em relação às refinarias dos EUA chegava a 23%, mesmo após o reajuste anunciado no mês passado. No caso da gasolina, a defasagem é de 14,7%.
Os dados foram calculados com base na cotação do petróleo e do câmbio de hoje.
"A defasagem do diesel é o grande problema da Petrobras, maior mesmo que o problema da gasolina", disse o diretor do CBIE, Adriano Pires. "A economia do Brasil é movida a diesel."
O combustível é o produto com maior participação no faturamento da Petrobras: cerca de 27% da receita total da estatal, segundo a corretora Planner.
Para atender à crescente demanda interna por combustíveis, a companhia importa combustível pelas cotações internacionais e revende a preços mais baixos no país.
De acordo com a corretora, o prejuízo com a defasagem de preços é de R$ 17,4 bilhões por ano.
"Estimamos ainda que esta perda de receita tenha um impacto de R$ 2,4 bilhões no lucro líquido/ano da companhia", disse a Planner em relatório.
Em 25 de junho, a gasolina foi elevada em 7,83% nas refinarias e o diesel, em 3,94%.
Para evitar o impacto para o consumidor e não elevar a inflação, o governo decidiu, ao mesmo tempo, zerar a alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre todos derivados de petróleo.
Na época, o ajuste do diesel foi considerado baixo pelo mercado, que já previa a necessidade de uma ajuste adicional ao longo do ano.
Com a Cide zerada, desta vez o governo federal não pôde adotar novamente a medida e o combustível ficará mais caro aos consumidores. (Com informações da Petrobras e Agências)
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