Em clima de forte comoção, foi sepultado nesta quinta-feira (19), em Brasília, o corpo do agente da Polícia Federal Wilton Tapajós Macedo, assassinado a tiros na última terça-feira (17). Ele foi sepultado no mesmo local onde foi executado, junto ao túmulo dos pais. Mais de 500 pessoas acompanharam o cortejo. Entre elas muitos policiais trajando uniforme, seguidos por viaturas com sirenes ligadas. Wilton Macedo atuou na Operação Monte Carlo que prendeu o chefe mafioso Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, informou que já está na pista de dois suspeitos do crime. "Não adianta se esconderem. As polícias Civil e Militar estão mobilizadas, no esforço conjunto para esclarecer esse crime brutal e prender os assassinos", afirmou.
O delegado Matheus Mella, encarregado da operação Monte Carlo, apresentou solidariedade à família e afirmou que não vai medir esforços para localizar os assassinos. "A PF perde um grande servidor, mas não se intimida com esse tipo de violência nem arrefecerá a luta contra o crime", afirmou o delegado.
A Polícia tem certeza de que Tapajós foi executado, mas não tem ainda os motivos: se por causa de sua participação na Operação Monte Carlo ou em outras investigações de risco das quais ele participou, como por exemplo no combate à pedofilia e ao narcotráfico. Apesar de não serem descartadas motivações pessoais, vingança ou queima de arquivo, estas hipóteses ficam cada vez mais enfraquecidas.
Uma fonte da PF garante que o relacionamento entre as corporações não é dos melhores, mas que existe um "amplo esforço colaborativo" entre os comandos da PF e das polícias Civil e Militar do DF. Mesmo assim, teme-se que os suspeitos não sejam capturados vivos. A PF tem todo o interesse em interrogar os suspeitos, única forma de identificar os mandantes e esclarecer as razões do assassinato de Tapajós.
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