“O que acontece quando um pai de família é morto por policiais? O que acontece com um filho que vai crescer sem um pai para satisfazer a fraude que é a polícia? Quando vamos poder confiar na polícia ou na justiça? Quem se acha no direito de julgar um homem de bem? Essa covardia não pode mais acontecer... Já tivemos o caso do Pedro Henrique, agora mais um amigo morto injustamente e além de tudo, policiais rindo e o colocando como troféu. Este grupo foi criado para o compartilhamento de notícias e para todos que quiserem dar força para a família do Davi e além de tudo, pedir Justiça! Não podemos nos conformar!”
O texto acima está na descrição do grupo "Justiça por Davi!", criado na sexta-feira (6), um dia depois do advogado Davi Sebba ter sido assassinado por um policial militar no estacionamento do Carrefour Sudoeste, em Goiânia. O grupo já tem mais de 5 mil membros e promete fazer barulho, como forma de pressionar a cúpula da segurança pública de Goiás, que já anda claudicante.
A OAB/GO também pressiona por rigor e celeridade nas investigações. Como o blog informou, o presidente seccional da OAB, Henrique Tibúrcio, deverá reunir-se na quarta-feira (11) com o secretário de Segurança Pública de Goiás, João Furtado.O caso fica cada vez mais estranho. No domingo (8), três dias após o assassinato, um tablete de maconha foi encontrado na manhã no estacionamento onde o advogado foi morto A PM alega que o tablete de maconha pode ter ligação com o crime. A Polícia Militar informou que passava pela entrada do supermercado, na Avenida T-9, quando uma senhora abordou os militares e disse ter visto um embrulho, provavelmente droga. No local também estava um isqueiro azul. A área foi isolada até a chegada da Polícia Civil.
A PM também apresentou uma arma que teria sido usada por Sebba para reagir contra os policiais. A família desmente o fato e afirma que Sebba jamais possuiu ou portou uma arma.
Vamos combinar: ainda que Sebba fosse um perigoso e notório traficante, imaginar que a PM não é capaz de efetuar uma prisão e acaba matando o suspeito, é algo aterrador. É mais do que justa a pressão que vem sofrendo a cúpula da Segurança Pública, em Goiás. A família e os amigos têm o direito de saber a verdade sobre o que, afinal de contas, levou um agente público a matar Sebba.
A missa de sétimo dia pela morte de Sebba está sendo anunciada para quarta-feira (11), às 19h, na Paróquia de São Paulo Apóstolo, Setor Oeste.
Olá sou pai de dois filhos e tenho medo de sair de casa. Tenho medo de levar meus filhos a qualquer lugar público. Tenho medo de leva-los a escola. Tenho medo de passear nos shoppings da cidade. Tenho medo de andar na rua da minha casa. Tenho medo de comer na feira. Esses bandidos fardados atuam em qualquer lugar. Estou pensando em mudar de Goiânia. Não quero meus filhos assassinados. Estou com medo de estar envolvido nesta luta pela melhora de nossa segurança pública. Goiás está passando por um tempo muito difícil. Muitos vieram para cá em busca de empregos gerados pelo crescimento industrial. Hoje o que se vê é a violência instituída, nas instituições e por que não na sociedade. Os poucos que percebem isso estão na mesma luta. Mas está longe de ser uma causa social. Com a educação a míngua, o que estamos recebendo do governo é só o o pão circo e muito circo, com escola de palhaços e imbecis.
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