A Polícia Civil do Pará pediu à justiça a prisão preventiva de 11 pessoas acusadas de participar da depredação dos escritórios da Usina Hidrelétrica de Belo Monte entre os dias 14 e 16 de junho, durante a realização do evento Xingu +23, na Vila de Santo Antônio, a 50 km de Altamira. A representação pela prisão preventiva aguarda o parecer do Ministério Público Estadual (MPE).
Entre os acusados no inquérito estão integrantes e assessores do Movimento Xingu Vivo para Sempre, um padre, que rezou uma missa no evento, uma freira, um pescador que teve sua casa destruída, missionários indigenistas e um documentarista de São Paulo.
A polícia acusa essas pessoas de terem planejado uma ação de depredação e vandalismo no escritório do Consórcio Norte Energia. Também há acusações de danos, roubo, incêndio, desobediência, esbulho possessório, perturbação da ordem pública e formação de quadrilha.
O pedido de habeas corpus preventivo, protocolado pela defesa na sexta-feira (22), recebeu parecer favorável do MPE, mas foi negado pela justiça ontem (25). “Vamos recorrer dessa decisão e manter a posição de que ninguém falará na polícia, pois não conseguimos ter acesso a todas as peças do inquérito”, afirma Marco Apolo Leão, advogado e presidente da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, que atua na defesa dos militantes.
O depoimento de oito dos 11 acusados está marcado para quarta-feira (27), em Altamira.
Ainda esta semana, a frente jurídica do movimento (sim, existe um batalhão de advogados para defender os arruaceiros), irá encaminhar um informe denunciando a criminalização dos ativistas para a ONU e a OEA, numa clara tentativa de tornar os delinquentes inimputáveis. De vândalos passariam a "perseguidos políticos". Pensando bem, poderiam pedir asilo político, em Cuba, quem sabe? (Com informações da Ascom/PC)
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