A presidente Dilma Rousseff foi eleita por consenso na manhã desta quarta-feira (20) presidente da Conferência da ONU para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, durante a primeira plenária do segmento de alto nível da cúpula.
O anúncio foi feito pelo secretario-geral da ONU, Ban Ki-moon, que abriu o encontro.Os líderes vão debater as propostas das delegações internacionais até sexta-feira. Se entrarem em acordo, assinarão um documento se compromentendo com o desenvolvimento sustentável.
Eles discursam agora na plenária da Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável, e também discutir com os ministros sobre o rascunho do documento aprovado nesta terça pelos diplomatas dos países. Uma programação provisória prevê falas de 58 ministros, presidentes e vice-presidentes nesta quarta.
Em um breve discurso, Dilma disse expressar gratidão pelo mandato, às delegações pela expressiva liderança mundial que “indica compromisso dos estados aqui representados com a complexa agenda do desenvolvimento sustentável”.
“Nós estaremos à altura dos desafios”, disse a presidente.Dilma informou que às 16h irá discursar em uma nova plenária no Riocentro, onde vai apresentar a posição do Brasil na cúpula da ONU.
O secretário-geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon, foi o primeiro a falar na plenária. Em seguida, ele chamou a neozelandesa Brittany Trifford, de 17 anos, para discursar aos chefes de Estado (veja no vídeo ao lado).
"Suas promessas não foram quebradas, mas foram esvaziadas", disse Brittany. "Você estão aqui para salvar as suas peles ou para nos salvar?", questionou.
Após a eleição de Dilma, a presidente chamou o ministro das Relações Exteriores, para anunciar os procedimentos formais das negociações, como a eleição de estados observadores e vice-presidentes.
Depois, representantes dos principais grupos envolvidos nas negociações puderam discursar. A representante do grupo dos jovens foi crítica ao texto que será negociado. "Este não é o futuro que queremos", disse.
Na terça-feira, as delegações receberam e aprovaram um texto com 49 páginas (veja abaixo a tabela que explica algumas das principais medidas discutidas e aprovadas).
Instantes antes do início da plenária, o porta-voz do secretariado da Rio+20, Nikhil Chandavarkar, disse que o texto aprovado pelos delegados nesta terça-feira (19) não será modificado pelos chefes de Estado.
“Não será como Copenhague”, disse em referência à cúpula de mudança do clima realizada na Dinamarca em 2009, que contou com grande presença de presidentes e foi considerada um fracasso por muitos governos.
Chandavarkar afirmou que o rascunho do texto final foi fechado “ad referendum”, termo em latim que significa “sujeito a aprovação”, de acordo com o porta-voz da ONU. “Já houve acordo, mas falta a aprovação dos chefes de Estado. Não haverá modificações substanciais, mas talvez alguns ajustes na ortografia do texto”, afirmou.
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