O vazamento de informações da Operação Monte Carlo pode ter sido feito pela esposa e assessora do juiz Leão Aparecido Alves, titular da 11ª Vara Criminal de Goiás, conforme matéria publicada pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (20) com base em investigação em andamento da Polícia Federal. Nesta terça-feira (19) Leão recusou o processo referente ao caso – após solicitação de afastamento feita pelo juiz Paulo Augusto Lima - tendo alegado foro íntimo por manter amizade de 19 anos com um dos réus do processo, José Olímpio Queiroga Neto, tido como contador do grupo liderado por Carlos Cachoeira. O caso foi passado para o juiz federal Alderico Rocha Santos, titular da 5ª Vara Federal de Goiás.
Um acaso levou os policiais federais a descobrirem o suposto envolvimento da esposa de Leão. Ao rastrearem um telefone flagrado em várias ligações para Queiroga Neto, a PF pediu autorização para acessar também o extrato da conta telefônica e então descobriram que entre os possíveis usuários do telefone estava a mulher de Aparecido Alves.
Em diálogo interceptado em fevereiro deste ano - portanto dias antes de deflagrada a Monte Carlo, no último dia do mês – Carlos Augusto Ramos menciona a operação da PF e faz referência a uma mulher como suposta fonte da informação.
Segundo a investigação, o vazamento teria sido feito inicialmente a José Olímpio – tido como principal sócio de Cachoeira no entorno do Distrito Federal e que foi recentemente posto em liberdade por decisão do TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região de Goiás) tomada pelo desembargador federal Fernando Tourinho Neto.
As ligações entre familiares de Aparecido Alves e José Olímpio Queiroga interceptadas pela PF são anteriores ao ingresso dele na exploração de jogos no entorno do DF.
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