27 de março de 2012

Era o que estava faltando - Comissão discutirá proibição da transmissão de MMA

Mas era só o que faltava!
Sibá Machado (PT/AC) e Emiliano José (PT/BA) querem banir o MMA (Artes Marciais Mistas, na sigla em inglês), da TV e, se der, do Brasil, quiçá do Mundo!
Homens (e mulheres) adultos, devidamente preparados atleticamente e por livre e espontânea vontade optam por, sob regras, diga-se, confrontarem-se em um octógono. Que mal pode decorrer disso?
Homens lutam entre si desde sempre. Evoluímos. Hoje, existem regras. Ante, não havia.
Mas, para Sibá e Emiliano, é preciso impedir, banir, extirpar um esporte por ser violento demais!
Claro que é uma rematada tolice.
Sibá e Emiliano com suas ideias estapafúrdias são apenas a expressão mais bem acabada da síndrome basbaque do "politicamente correto". São aparentados de D.Irini, aquela que decidiu "banir" a Gisele de calcinha (graças a Deus, resistimos e vencemos. E Gisele foi liberada!). São afilhados da sucessora de Irini, que tem como mote "Aborto já", sendo ela mesma treinada nas artes de interromper prenhez humana. São as hostes do atraso que pretendem nos tornar uma "nação de crianças e adolescentes", tutelados pelo Estado-Pai, a nos dizer o que consumir, o que assistir, o que ler, no que crer, o que sentir, o que pensar...
Chega disso!
Não precisamos de um Estado-Pai ou Patrão. Precisamos de um Estado que proteja as liberdades e garantias individuais; precisamos de um Estado que não penalize o cidadão pagador de imposto com mais impostos; precisamos de um Estado que sendo laico, respeite a magnífica herança do Cristianismo, em particular a Igreja Católica, e pare de arrancar crucifixos.
Olhem, o Brasil tem problemas reais de sobra. Precisa enumerá-los? Deles deveriam ocupar-se Sibá e Emiliano.
O Acre, estado de Sibá, ostenta índices ridículos de desenvolvimento humano. Recentemente quase entra em colapso por conta de alguns milhares de haitianos que resolveram fugir do miserê em seu país e tentar a sorte no Brasil. As recentes chuvas quase fazem afundar Rio Branco e além de milhares de desabrigados, apareceu uma enxurrada de denúncias de desvio de recursos públicos. Onde esteve Sibá em todos esses embates?
A Bahia, estado de Emiliano, recentemente foi vítima de um verdadeiro motim promovido pelas forças de segurança. O estado inteiro submergiu durante alguns dias sob uma onda avassaladora de violência e terror. PMs de braços cruzados e bandidos de armas na mão! Os números da Bahia em educação, saúde e segurança pública inspiram cuidados, para dizer o mínimo. E o que tem feito Emiliano para mudar a realidade de seu Estado?
Sendo assim, por que, ó raios, estão Sibá e Emiliano a lutar contra o MMA? 
Em primeiro lugar, porque se não fosse pelo alvo ser o MMA, sequer estaríamos falando de Sibá e Emiliano. Lembro vagamente que Sibá era um senador postiço, um sem voto que herdou a vaga por ser suplente indicado pelo PT acreano. De um linguajar sofrível, tem ideias ainda piores.
Por outro lado, a dupla precisa fustigar algo "perigoso".
Porque, uma vez que não gostam de lutas ou lutas lhes metem medo, não lhes passa pela cabeça que alguém possa gostar! Uma vez que consideram "violentos" e "perigosos" os combates, não lhes ocorre que assim não seja!
Entendam que Sibá e Emiliano fazem parte do exército dos "portadores da razão absoluta". São incapazes de duvidar. Eles "sabem"!
Vieram ao Mundo para ensinar a mim e a você como devemos viver. Algum ente de razão lhes outorgou este mandato.
Pois, no que me diz respeito, revogo-o!
Sibá e Emiliano não podem dizer o que deve ver, ouvir ou pensar. Não lhes dou este direito. Que se ocupem de suas comissões e "Comi$$õe$"! Que tratem dos problemas de seus currais eleitorais! Que vivam, mas, principalmente, que nos deixem viver!
Leia a seguir a matéria publicada pela Agência Câmara:A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática vai realizar audiência pública para discutir Projeto de Lei 5534/09, que veda a transmissão de lutas marciais não olímpicas pelas emissoras de televisão. Os autores dos requerimentos, deputados Sibá Machado (PT-AC) e Emiliano José (PT-BA) se dizem preocupados com a violência das lutas e com uma possível ofensa aos direitos humanos. A data da audiência ainda não foi marcada.
“Sob um sentido muito amplo, continua de pé a ideia de que precisamos educar contra a barbárie, para que não estimulemos a humanidade a repetir violências”, defende Machado. De acordo com Emiliano José, a busca incessante pelo lucro, pelo espetáculo e pelo sadismo traz de volta a barbárie do passado, sem muitas diferenças.
Ele afirma que as lutas marciais não olímpicas provocam uma remissão quase automática ao Coliseu Romano, a mais famosa das arenas onde lutavam os gladiadores. “Um tinha que vencer, o outro seria morto ou chegaria a ferimentos que o impossibilitavam de lutar. Neste caso, à vista da reação dos espectadores, e por decisão do presidente dos jogos, o ferido podia ser morto, ou continuar vivo. No mais das vezes, era morto, para delírio dos que assistiam”, descreve o deputado.
Segundo Machado, a educação não é atribuição exclusiva da escola e sim de um conjunto de instituições. “A televisão, por seu enorme poder, é parte do esforço educacional, até por atribuição constitucional”, afirma Emiliano José. Segundo ele, inúmeros especialistas e entidades, dentre as quais a Associação Médica Britânica e a Associação Médica do Canadá, condenam esse tipo de luta. A entidade canadense, acrescenta o deputado, vem tentando banir o MMA do país.
Serão convidados para o debate:
- o diretor de Esportes da Rede TV, Sidnei Bortotto;
- o diretor de Esportes da Rede Globo, Marcelo Campos Pinto;
- o diretor de Esportes da Rede Record, Sérgio Hilinsky;
- o diretor de Esportes do Canal Combate, Pedro Garcia;
- o lutador profissional de MMA, Anderson Silva;
- o presidente da Frente Parlamentar Católica, deputado José Linhares (PP-CE);
- o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO);
- o filósofo e cientista político Emir Sader;
- o professor de filosofia da PUC de São Paulo Mário Sérgio Cortella;
- a coordenadora do Curso de Sociologia da PUC de São Paulo, Rita de Cássia Alves de Oliveira;
- o coordenador da Câmara Técnica de Medicina do Esporte do Conselho Federal de Medicina, Emmanuel Fortes Silveira Cavalcanti;
- o presidente do Conselho Federal de Psicologia, Humberto Cota Verona; e
- o advogado do Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor), Guilherme Varella. (Agência Câmara de Notícias)

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