23 de março de 2012

Acredite: Assembleia Legislativa de Goiás gasta mais de R$ 700 mil em medalhas!

No G1, hoje (23):
Ao longo do ano de 2011, os deputados estaduais goianos homenagearam 2.339 pessoas com a Medalha Pedro Ludovico Teixeira, ao custo total de R$ 706 mil. Isso significa que os representantes do povo no parlamento gastaram 1.138 salários mínimos em 2011 para ressaltar o trabalho de profissionais que, segundo eles, teriam prestado relevantes serviços para a sociedade. Os dados são da Assembleia Legislativa.
A comenda foi criada há 20 anos e o crescente número de condecorados tem sido alvo de críticas dentro da própria Assembleia. Há até um projeto de lei tramitando para limitar o número máximo de pessoas indicadas para receber a medalha. A ideia do deputado Humberto Aidar (PT) é reduzir para cinco a quantidade de medalhas por parlamentar.
Diante dessa possível restrição, já há deputados que defendem a criação de uma nova comenda. Um deles é o major Araújo (PRB). Segundo ele, a medalha Pedro Ludovico Teixeira tem sido concedida corretamente, pois é direcionada a quem prestou serviços à sociedade.
“Eu acredito que a criação de uma nova medalha é viável”, ressalta o deputado. Ele diz não acreditar que esse fato implicará em aumento de gastos para a casa. “Até porque haverá um critério mais rígido na seleção [dos homenageados]. Eu acho que o gasto será irrelevante em relação à grande importância dessa comenda”, justifica.
A conta pode ser ainda mais elevada se for levado em consideração os gastos com as solenidades para entrega dessas medalhas. Aí entrariam custos como horas-extras para o funcionalismo, energia elétrica e outros insumos.
A assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa ainda não se manifestou sobre o caso.
A notícia do montante gasto com medalhas e da possibilidade de criação de uma nova comenda também foi criticada pela população nas ruas. Para o vendedor Nivaldo Batista, além de ser errado, o ato é um abuso com a sociedade.
A comerciante Elisângela Silva lembra que o recurso poderia ser investido em áreas mais relevantes, como a saúde e educação. Já o funcionário público Ribamar Brito Silva diz que não há necessidade de tanta medalha. “Precisa é de mais progresso. Medalha não vai resolver nada”, opina.

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