3 de janeiro de 2012

Tesouro capta quase US$ 1 bi no mercado exterior com menores taxas de juros da história

O Tesouro Nacional captou mais de US$ 750 milhões de investidores norte-americanos e europeus com taxa de juros de 3,449% ao ano – o menor valor da história para emissões no exterior. O dinheiro veio da emissão de títulos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2021, feita hoje (3).
O governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, ou seja, de 3,449% ao ano.
Taxas menores de juros indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Para papéis de dez anos, a menor taxa até agora tinha sido de 4,188% ao ano, obtida numa captação em julho de 2011. A emissão de hoje foi o primeiro lançamento de títulos da dívida externa em 2012. O último lançamento de títulos públicos no exterior havia ocorrido em novembro do ano passado.
Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.
A taxa do título brasileiro foi 150 pontos maior que a dos títulos do Tesouro americano de dez anos. Os títulos norte-americanos são considerados os papéis mais seguros do mundo. Segundo técnicos do Tesouro Nacional, a proximidade da faixa indica que a dívida brasileira está cada vez com menos risco de calote.
O Tesouro pretende ofertar mais US$ 75 milhões ao mercado asiático nas próximas horas. O resultado final da emissão será anunciado amanhã (4) pela manhã. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais na próxima sexta (6). As informações são do Ministério da Fazenda.

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