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3 de maio de 2019

CHACINA EM BAIÃO: Dois dos assassinos de seis trabalhadores rurais morrem em confronto com a Polícia Civil em Marabá



No início da noite deste sábado (3), morreram dois dos assassinos de Dilma Ferreira, líder campesina paraense, no massacre que ficou conhecido como a "Chacina de Baião". Os irmãos Marlon Alves e Alan Alves reagiram à abordagem policial, atiraram contra os policiais e foram baleados, em Marabá. Eles não resistiram aos ferimentos e morreram. Os marginais mataram, entre os dias 22 e 24 de março deste ano, seis trabalhadores e queimaram os corpos de três deles. 





As investigações policiais realizadas pela força-tarefa constituída sob ordem do delegado-geral de Polícia Civil, dr. Alberto Teixeira no dia seguinte à chacina, levaram os agentes, neste sábado, até uma residência na periferia de Marabá, onde a dupla de assassinos se escondia. A casa foi cercada, foi dada a ordem para que se rendessem, mas os marginais preferiam reagir e dispararam contra os policiais. A resposta foi contundente. Os dois foram alvejados. Feridos, foram socorridos pelos policiais, mas não resistiram e morreram.

Com esses dois óbitos, a polícia paraense segue agora no encalço de Glaucimar Alves, o "Pirata", último assassino ainda em liberdade. A Polícia Civil já prendeu o mandante do crime, o intermediário usado por ele para chegar aos irmãos Alves e Cosme Alves, um dos executores.



Relembre o Caso     


Os irmãos Alves - Cosme, Marlon, Glaucimar e Alan - foram contratados Fernando Ferreira Rosa Filho, o “Fernandinho”, que já está preso desde o dia 26 de março. Ele, através de um intermediário que também já está preso, contratou os irmãos Alves para livrar-se dos vizinhos e dos trabalhadores de sua fazenda que pretendiam acionar a Justiça em busca de seus direitos trabalhistas.

Em apenas três dias de trabalho intenso, a Polícia Civil usando uma força-tarefa coordenada pelo delegado-geral Alberto Teixeira, identificou os assassinos e localizou e prendeu o mandante.



"Fernandinho", além de mandante da chacina, também responde por acusações de homicídios, tentativa de homicídios, grilagem de terra, agiotagem, receptação de cargas roubadas e tráfico de drogas. Em sua fazenda, distante pouco mais de 14 quilômetros do PA Salvador Allende, onde Dilma e seus companheiros foram mortos, uma pista clandestina estava sendo construída para facilitar o transporte de entorpecentes.

Além de Dilma Ferreira, também foram assassinados no PA Salvador Allende, Claudionor Amaro Costa da Silva, 42 anos, e Hilton Lopes, 38 anos. Os corpos apresentavam sinais de tortura. Na fazenda do mandante do crime foram mortos e tiveram seus corpos queimados, Marlete da Silva Oliveira e Raimundo de Jesus Ferreira, casal que trabalhava como caseiros na fazenda e Venilson da Silva Santos, tratorista que prestava serviços no local.






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