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23 de maio de 2019
SERÁ QUE VAI ROLAR?: Helder assina hoje protocolo da "Alpinha", sob a desconfiança de Marabá e região
Ainda cercada pela compreensível desconfiança dos marabaenses, acontece nesta quinta-feira (23), no Teatro Maria Sylvia Nunes, na Estação das Docas, em Belém, a partir das 18 horas, a assinatura do protocolo de intenções para implantação da chamada "Alpinha", uma planta de verticalização de minério de ferro no Pará que será instalada em Marabá.
A solenidade terá a participação do governador Helder Barbalho e o empreendimento será fruto de parceria entre a Vale e a empresa China Communication Constrution Company (CCCC), controladora da brasileira Concremat. Cerca de R$ 1,5 bilhão serão investidos no negócio.
A expectativa é que durante o ano de 2020 todos os arranjos financeiros sejam feitos e que as licenças ambientais sejam liberadas para que a implantação comece em 2021. A previsão é que a planta técnica entre em operação a partir de 2023.
Depois de seguidas frustrações - Alpa e Cevital, por exemplo, não saíram do papel - é grande a desconfiança entre as lideranças políticas e empresariais da região sul e sudeste do Pará.
Líderes empresariais conhecem muito bem o enorme potencial de Marabá para receber esse tipo de planta industrial. Só por ser servida pelos quatro modais de transporte - aéreo, ferroviário, aquaviário e rodoviário - e ser a "capital" da maior província mineral do mundo, já seriam credenciais espetaculares para Marabá.
Contudo, apesar de reunir tantas vantagens, Marabá parece ter sido alvo da má vontade de governos e da própria Vale. Por isso amarga seguidos abortamentos de iniciativas que sempre são anunciadas com estardalhaço para, em seguida, naufragar de forma não menos espetacular.
Helder Barbalho, ao ser fiador de mais esta tentativa de verticalização mineral em Marabá, tem a oportunidade de superar a desconfiança e fazer deslanchar o processo de industrialização no sudeste paraense.
Diga-se a favor de Helder que, desde a campanha eleitoral, o atual governador vem fazendo sucessivos acenos à integração regional do Pará. Esta é sua primeira ação de impacto e não pode dar errado, sob pena de Helder juntar-se a Ana Júlia e Jatene no time de governadores que "venderam" grandes esperanças e "entregaram" enormes decepções.
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