22 de dezembro de 2017

Globo rescinde com Waack e quem perde é o bom jornalismo, os telespectadores e a democracia

Waack - Com ele fora do ar, perdem o jornalismo, os telespectadores e o bom debate demorático
Quando perdemos o direito de falar, de forma privada, as asneiras que nos vêm à mente, é sinal que caminhamos rapidamente em direção ao fascismo e estamos prontos para sacrificar a liberdade no altar do autoritarismo, ainda que este venha disfarçado na embalagem das "grandes causas".

Digo isso porque, nesta sexta-feira (22), a Rede Globo, nova-convertida à patrulha do "politicamente estúpido" (chamar de "politicamente correto" o mais recente terror que nos assola é um óbvio absurdo), anunciou a rescisão do contrato de William Waack, um dos melhores jornalistas brasileiros.

A rescisão do contrato de Waack deu-se por conta de um vídeo vazado por um acólito desta seita.

Perde o bom jornalismo - cada vez mais raro no Brasil, perdem os telespectadores e assinantes da emissora, perde o debate democrático, cada vez mais pasteurizado pela ação de "progressistas lacradores" que inundam as redações. 

Que fique claro: Waack fez uma piada. Pode ser acusado de péssimo humorista, mas só uma leitura ideologizada até a raiz poderia ver "racismo" onde houve, no máximo, mau gosto.

O tal "insulto racista" aconteceu assim que Donald Trump derrotou Hillary Clinton. Hillary, oportunista como sabem ser os Clinton, tentou usar o confronto étnico como plataforma eleitoral na disputa presidencial nos USA. O ideal, para ela, seria a clivagem entre "brancos" (ditos trumpistas, idiotas, nazistas, sexistas, homofóbicos e outros que tais) e "pretos" (honestos, ecologicamente responsáveis, plurais, diversos, anjos em candura e paz). Que tal confronto pudesse extrapolar para a violência não entrou na lista de preocupações da Senhora Clinton. Se vítimas houvesse, seriam meros "danos colaterais". Sabe como é, para a esquerda os fins sempre justificam os meios, não é?

E ela quase conseguiu vencer. Mas, foi derrotada por Trump, um bilionário branco e novaiorquino que falou direto ao coração dos "red necks" do interior dos USA e aos milhões de Wasp, desiludidos com um governo que optou por os ignorar. 

Waack faz troça com o irritado cidadão que buzina ali perto. Segundo Waack em sua tirada de humor, o cara está irritado porque a candidatura "preta" perdeu. A irritação era, portanto, "coisa de preto". O humor sardônico veria semelhante irritação em um flamenguista sendo obrigado a passar em meio a uma comemoração promovida pelo Vasco após a conquista de título em cima do Flamengo. Buzinar e reclamar do tumulto seria, portanto, "coisa de flamenguista".

Pode parecer para alguns, uma piada infeliz. Talvez até seja, mas como disse certa vez Isaiah Berlin, para garantir a Liberdade é preciso preservar o espaço da autoexpressão sem amarras. Aqui, é o "local onde é dado ao indivíduo falar asneiras". 
O vazador - Palestras na "Faculdade", que homenageia
um escravista

Waack não expressou ideias racistas em seu longo caminho dentro do jornalismo. Ao contrário, sempre mostrou-se plural e capaz de fazer as perguntas certas e obter respostas adequadas. E isso é muito mais do que se pode dizer da quase totalidade dos jornalistas que formam o cast da Rede Globo!

Waack é um figura pública e merece ser medido por suas expressões públicas. A piada - que ele mesmo considerou inapropriada - foi feita de forma privada e vazada por um "militante" que hoje ocupa-se em "dar palestras" em locais como a "Faculdade Zumbi dos Palmares". Parabéns ao "militonto". Conseguiu seus momentos de fama ao tornar pior e mais pobre o jornalismo brasileiro.

Ante que me esqueça, Zumbi - que dá nome a tal "faculdade" onde o "militonto" deu "palestras" - foi um notório escravagista de sua própria "raça", que sequestrava e matava homens e mulheres para construir seu "quilombo". Que Zumbi seja tratado como herói pela esquerda alucinada é apenas mais uma notável ironia, possível graças à falsificação da História, especialidade da esquerda que ameça corroer a todos nós e separar, pelo absurdo critério de "raça", o que cinco séculos de miscigenação ajudaram a aproximar. 

Que a "vitória" desse malsinado "movimento" seja breve e que logo Waack esteja de volta fazendo o que sabe fazer melhor: o bom e velho jornalismo, aquele que cuida de analisar fatos, devidamente investigados e apurados, e não vive de boatos, "versões" e outroladismo ideologizado.

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